Foto: Jaq Lisboa
Sobre / About
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(Português)
Somos três artistas de Belém do Pará, norte do Brasil, região amazônica e criamos o Coletivo Mani para executar projetos que abordem temas relacionados à Amazônia. Atualmente estamos focando em jantares musicais, afim de trazer informações históricas, culturais, ancestrais e atuais ligadas à Amazônia, narradas por nós, pessoas daquela região em busca de quebrar padrões e evitar uma narração romantizada, colonizadora e exotizadora da realidade daquele local.
Muito se fala sobre a Amazonia, porém pouco se houve das pessoas provenientes daquela região. Na maioria dos casos quem nunca vivenciou ou vivência a realidade daquele local é quem está dominando as conversas sobre o tema. A região amazônica é imensa e complexa. Para entendê-la é preciso ouvir e vivenciar suas diferentes realidades, o Coletivo Mani surge a partir da necessidade de abordar essa complexidade.
Com o formato que escolhemos para nosso projeto, um jantar musical, propomos encontros que viabilizarão, às pessoas participantes, ter uma experiência de aquisição de conhecimento através de um formato não institucionalizado e não hierarquizado de compartilhamento de informação, um formato lento e coletivo.
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(English)
We are three artists from Belém do Pará, northern Brazil, in the Amazon region, and we created the Mani Collective to execute projects that address themes related to the Amazon. Currently we are focusing on musical dinners, in order to bring historical, cultural, ancestral and current information related to the Amazon, narrated by us, people from that region, seeking to break patterns and avoid a romanticized, colonizing and exoticizing narration of the reality of that place.
Much is said about the Amazon, but in most cases those who have never experienced or live the reality of that place are the ones who are dominating the conversations about the theme. The Amazon region is immense and complex. To understand it, it is necessary to listen to and experience its different realities. The Mani Collective arise from this need to address this complexity.
With the format we have chosen for our project, a musical dinner, we propose meetings that will enable the participants to have an experience of acquiring knowledge through a non-institutionalized and non-hierarchical format of sharing information, a slow and collective format.
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Foto: Tito Casal @tito_casal
Nós / We
Jaq Lisboa
Artista brasileira da região amazônica, nascida em Belém do Pará e vive na Alemanha há 16 anos. Iniciou seus estudos na UFPA como estudante de medicina, porém logo mudou para arquitetura. Após estudar dois anos no Brasil, mudou-se para a Alemanha onde terminou os estudos de arquitetura na Leibniz Universität. Em seguida estudou artes plásticas na HBK Braunschweig, também na Alemanha.
Está em busca de memórias perdidas e de antepassados negados, conseqüências das políticas coloniais que se estendem aos dias de hoje. Vem tentado processar artisticamente esta experiência de perda através de projetos coletivos, utilizando diversas técnicas que dependendo das necessidades específicas de seus projetos projeto.
Trabalha com textil e ceramica em uma abordagem anti-colonial e anti-racista, buscando restaurar a humanidade ao corpo racializado na diáspora.
Jaq Lisboa
Brazilian artist from the Amazon region, born in Belém do Pará, has been living in Germany for 16 years.
She started her studies at UFPA as a medical student, but soon changed to architecture. After two years of study in Brazil, she moved to Germany where she finished her architectural studies at Leibniz Universität in Hannover. Afterwards she studied fine arts at HBK Braunschweig, also in Germany.
She is in search of lost memories and denied ancestors, consequences of colonial policies that extend to the present day. She has been trying to process this experience of loss through collective artistical projects, using various techniques depending on the specific needs of his projects.
She works with textiles and ceramics in an anti-colonial and anti-racist approach, seeking to restore humanity to the racialized body.
Raquel Sobral
Historiadora, professora de história e cozinheira chef de Belém do Pará, Brasil.
Já atuou como Professora de História da rede estadual de educação em municípios da ilha do Marajó e da região do salgado paraense, na rede pública de ensino de São Paulo e na esfera privada em Universidades com matérias relacionadas à História da Alimentação.
Atualmente, é doutoranda na USP com pesquisa referente à História da Alimentação na Amazônia e mandiocultura no Programa Humanidades, Direitos e outras legitimidades.
Está na cozinha profissional desde 2012 com passagens em restaurantes em São Paulo, Barcelona, Lisboa e Paris, com destaque ao posto de Chef de partida de Albert Adrià.
Após um periodo de pesquisa na Europa vem desenvolvendo projetos em Belém com proposta locavorista: Oca Nômade e Oca Taberna. Trabalha com a pequenos produtores locais das proximidades da cidade de Belém com quem obtem seus ingredientes.
Raquel Sobral
Historian, history teacher and chef de cuisine from Belém, Pará, Brazil.
She has worked as a History Teacher for the state education system in municipalities of the Marajó Island and the Salgado region of Pará, in the public education system of São Paulo and in the private sphere in Universities with subjects related to the History of Food.
Currently, she is a doctoral student at USP with research on the History of Food in the Amazon and manioculture in the Humanities, Rights and other legitimacies Program.
Is in the professional kitchen since 2012 with passages in restaurants in São Paulo, Barcelona, Lisbon and Paris, with emphasis on the post of Chef de partida of Albert Adrià.
Upon her return to Belém after a research period in Europe, she has been developing projects with a locavorist proposal: Oca Nômade and Oca Taberna. She works with local producers from around the city of Belém from whom she obtains her ingredients.
Cris Lisboa
Engenheira Florestal , flautista, artesã. Cristiane Lisboa Silva é brasileira, de Belém, Pará, Brasil.
Estudou Engenharia Florestal na Universidade Federal Rural da Amazônia. É mestre em Planejamento Ambiental pela Universidade Técnica de Berlim. Atualmente trabalha com gestão
de projetos ambientais no Pará.
Estudou música, flauta transversal, no Instituto Carlos Gomes em Belém do Pará, e frequentou a Escola de Choro Raphael Rabello, em Brasília.
Organizou de forma independente vários Saraus e Rodas de Choro em Berlim na Alemanha em colaboração com a comunidade brasileira local.
Cris Lisboa
Forest engineer, flutist, artisan. Cristiane Lisboa Silva is Brazilian, from Belém, Pará, Brazil.
She studied Forest Engineering at the Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). She has a master degree in Environmental Planning from the Technical University of Berlin. She is currently working with environmental management and environmental projects in Pará.
Shee studied music, transverse flute, at the Carlos Gomes Institute in Belém do Pará, and attended the Raphael Rabello School of Choro in Brasilia.
She has independently organized several Saraus and Rodas de Choro in Berlin, Germany in collaboration with the local Brazilian community.
Foto: Tito Casal @tito_casal
Menu Mani
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(Português)
Nossos jantares girão em torno da Mandioca. Este é um alimento que salvou a vida de muitas pessoas ao redor do mundo. A tecnologia da mandioca é ancestral e complexa. Na região amazônica ainda há muitas famílias que se dedicam a esta tecnologia de transformação da mandioca. Nós, do coletivo Mani, somos as netas e bisnetas das mulheres que trouxeram este conhecimento ancestral com elas.
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(English)
Our Dinners turn around the Manioc. This is a food that saved ad saves the lives of many people around the world. The manioc technology is ancestral and complex. In the amazon region there are still many families that dedicate themselves to this technology of transformation of manioc. We, from the Mani collective, are the granddaughters and great-granddaughters of women who brought this ancestral knowledge with them.
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Menu Mani
Bebida de boas vindas Tacacachaça (Taperebá com cachaça de Jambu)
Etapas:
1. Tataki de carne com jus de açaí e mandioca
2. Massa com tucupi e crocante de ervas e Jambu
3. Repolho assado com manteiga de taperebá, cogumelos e tapioca
4. Ragu de linguiça, maniçoba e farinha de macaxeira
5. Cupuaçu, chocolate do combu e crocante de castanha-do-pará
6. Tartelette de açaí com tapioca
7. Bombons de cupuaçu com castanha.
Menu Mani
Welcome drink Tacacachaça (Taperebá with Jambu Cachaça)
Meals:
1. Beef tataki with Açaí-Jus and Cassava
2. Pasta with tucupi and crunchy herbs and Jambu
3. Roasted cabbage with taperebá butter, mushrooms, and tapioca
4. Ragout of sausage, maniçoba, and manioc flour
5. Cupuaçu, chocolate from Combu Island and crunchy Pará nuts
6. Açaí tartlet with tapioca
7. Cupuaçu bonbons with Pará nuts
Menu Mani
Begrüßungsdrink Tacacachaça (Taperebá-Frucht mit aus Jambu hergestellter Cachaça)
Speisen:
1. Rindfleisch-Tataki mit Açaí-Jus und Maniok
2. Pasta mit Tucupi und Jambublatt-Krokant
3. Gebackener Kohl mit Taperebá-Butter, Pilzen und Tapioka
4. Ragout aus Wurst, Maniçoba und Maniokmehl
5. Cupuaçu-Frucht, Schokolade von der Insel Combu und Paranuss-Krokant
6. Açaí-Tartelette mit Tapioka
7. Cupuaçu-Bonbons mit Paranüssen
Foto: Jaq Lisboa